Sunday, April 5, 2009

I am big in Korea! (Guano Apes lite)




Pois é, eu sei que não escrevo aqui há muito tempo - nem sequer me dei ao trabalho de relatar as histórias da Nova Zelândia nem nada (nem sequer meti as fotos on-line nem nada...). Mas isso agira não interessa nada! É que ao que parece eu sou uma vedeta mediática na Coreia do Sul, como provam as imagens abaixo, retiradas de alguns dos jornais de maior circulação do país.







Ao que parece, o povo coreano está muito impressionado com a minha capacidade culinária e com a minha técnica para fazer Kimchi. Ou isso, ou então é só o facto de 2 dos meus colegas coreanos que organizaram a viagem serem jornalistas famosos na Coreia e terem imensos contactos nos media (a versão da história que preferirem). E não é só jornais - também estamos na TV coreana.

http://mbn.mk.co.kr/vod/news/nVodViewer.php?programCode=0&vodCode=418532&pageGubun=undefined

A verdade é que tínhamos tantos fotógrafos e camera-mans a seguir-nos para tudo o que era lado que eu até estranhei no primeiro dia em que cheguei a Boston, quando saí do meu apartamento para ir ao supermercado e não estava lá ninguém para me filmar ou tirar uma foto.

P.S. - quem quiser mais websites é só pedir...

Friday, December 12, 2008

Há certos produtos que às vezes mais valia a pena não exportar...

Ontem fui a uma festa de aniversário/final de semestre aqui em Cambridge e numa bancada de cozinha vi uma escolha bastante diversificada de vinhos, cerveja, rum, tequila e outras bebidas. Para minha surpresa, contudo, a selecção mais proeminente no meio daquilo tudo eram 5 garrafas grandes de uma bebida portuguesa - nada mais nada menos que o notório bagaço (4 garrafas de São Vicente e uma garrafa de Vice-Rei).

Naturalmente que me questionei como é que aquelas garrafas tinham ido ali parar e qual a melhor forma de minimizar o impacto na reputação do país sem ser visto a entrar para o elevador com 5 garrafas de bagaço debaixo do braço. A coisa mais parecida com uma resposta ao meu inquérito foi "alguém trouxe isso aí para uma festa e deixou por cá, disseram que era bom" (ainda me interrogo quem terá sido) mas felizmente a maioria das pessoas pareceu esperta o suficiente para não tocar na coisa. A excepção foi o ucraniano de serviço, que misturou bagaço com mistura de Margarita (será que temos aí um novo cocktail, o Alentejo Livre?) para formar uma mistura que a 3 metros de distância e dentro de um copo me cheirava a mim mal.

Exportações são sempre boas para a economia nacional mas quando é que chegamos a um ponto em que dizemos que há certas coisas que são melhores ficarem em casa, certos esqueletos que é melhor ficarem no armário? Já não chega o Joaquim de Almeida?

Óptimas notícias para os amigos do ambiente

A Emirates Airlines vai lançar o primeiro voo de longo curso "verde", com uma rota destinada para reduzir o consumo de combustível 7,570 litros num vôo de 16 horas entre São Francisco e o Dubai.

http://www.flightglobal.com/articles/2008/12/09/319941/emirates-readies-for-fuel-savings-on-777-san-francisco.html

Agora quando voarem até ao Dubai para ficar na vossa casa construída numa ilha artificial por cima de uma barreira de coral, para poderem esquiar no meio do deserto a seguir a uma bela partida de golfe podem fazê-lo na confiança de que estão a ter o mínimo impacto no ambiente possível.

Sunday, October 12, 2008

Chamem-me génio, se quiserem

Eu normalmente negaria, por modéstia, mas neste caso acho que tenho mesmo que o reconhecer. Não é todos os dias que se tem uma ideia com o potencial de garantir a sobrevivência estratégica de Portugal por décadas.

Para quem não tem acompanhado, a Islândia está a atravessar uma grave crise financeira, com o estado a nacionalizar ou fechar todos os bancos e sem reservas de moeda estrangeira para repagar a dívida dos bancos que está a maturar (a dívida do sistema bancário é 12 vezes o PIB). A krona islandesa vale hoje em dia um terço do que valia à umas semanas atrás (um bónus para quem quer ir ver vulcões e gelo mas que causa inflação superior a 50%). A situação está tão má que o governo islandês viu-se obrigado a pedir um empréstimo de urgência aos russos, os últimos gajos a quem eu queria ficar a dever dinheiro.

Agora vem a parte engraçada - o que é que a Islândia tem de valor? Bacalhau. Aliás, é tão valioso que quase entravam em guerra com o Reino Unido há umas décadas atrás. Logo por curiosidade, bacalhau é também o recurso natural que é mais essencial a Portugal defender o acesso continuado (outros países preocupam-se com coisas sem importância, como petróleo). Ora, Portugal pode não ter muito dinheiro mas tem, por motivos históricos, a 13ª maior reserva de ouro do mundo, com 382.5 toneladas (vs as 2 toneladas da Islândia). Em vez de estar sem fazer nada num cofre qualquer no Carregado, a ganhar pó, esse ouro (ou pelo menos umas 20 toneladazitas dele) podia ser emprestado à Islândia durante algum tempo, com os juros a serem pagos em bacalhau (não necessariamente para ser consumido agora mas para garantir o futuro acesso às reservas).

Eu já há algum tempo que venho defendendo que a Marinha Portuguesa deveria ser dimensionada para permitir a invasão da Noruega caso alguma vez nos fosse negado o acesso ao bacalhau. Esta solução pacífica, para além de ser rentável por si só, permitiria poupar milhares de milhões de euros do orçamento do Ministério da Defesa ao longo das próximas décadas. Ficavam todos a ganhar (excepto os Russos).

Se me quiserem nomear para Ministro das Finanças ou dos Negócios Estrangeiros e das Pescas graças a esta brilhante ideia estou disposto a considerar a proposta.

Monday, October 6, 2008

Isto de ter 1000 canais na TV Cabo às vezes dá nisto

(ok, os 1000 canais não funcionam todos mas de qualquer forma são muitos)

Hoje estava a ver a programação da TV (no écrã) e reparei no conteúdo de um canal, que estava a mostrar um campeonato desse grande desporto de alta competição, "Rock, Paper, Scissors" (ou RPS, como eles gostavam de lhe chamar). A início fiquei um bocado incrédulo que umas boas dezenas de pessoas se pudessem juntar num casino para assistir às finais de um jogo de infantário. Contudo, havia lá pessoal que parecia estar a levar aquilo muito a sério - todos os concorrentes tinham alcunhas, alguns vídeos de introdução, o público parecia ter fãs, etc.

Contudo, a parte mais bizarra foi com certeza os comentadores, e a forma como eles relatavam os acontecimentos (ao que parece o jogo é como o xadrez, tem tácticas e as jogadas têm nomes). A uma dada altura desvio a minha atenção por uns instantes e quando volto só ouço "Uh, 4 rocks in a row. We call that the Angry Palestinian."

Conclusão: há gente de facto com demasiado tempo livre nas mãos.

P.S. - não que tenha muito a haver com este tópico, mas a televisão aqui tem tantos anúncios que até a Maçonaria tem os seus próprios spots de publicidade (abertamente).

Futuros obesos ou futuros pastilhados?

No outro dia, num fim-de-semana de manhã, fui passear a cadela de uma colega minha que estava fora da cidade ao Boston Common (a zona verde de referência aqui do burgo). Às tantas dou de caras com uma família com 3 rapazes pequenos (o mais velho dos quais devia ter cinco anos ou menos) que estava a passear. Enquanto os rapazes faziam festas à cadela reparei que dois dos míudos tinham na mão uma lata (grande) de Red Bull que estavam a beber.

Não sei se a Red Bull agora lançou um "Red Bull Kids" com sabor a morango mas quando eu era pequeno essa não era a minha ideia de um pequeno-almoço saudável.