Friday, December 12, 2008

Há certos produtos que às vezes mais valia a pena não exportar...

Ontem fui a uma festa de aniversário/final de semestre aqui em Cambridge e numa bancada de cozinha vi uma escolha bastante diversificada de vinhos, cerveja, rum, tequila e outras bebidas. Para minha surpresa, contudo, a selecção mais proeminente no meio daquilo tudo eram 5 garrafas grandes de uma bebida portuguesa - nada mais nada menos que o notório bagaço (4 garrafas de São Vicente e uma garrafa de Vice-Rei).

Naturalmente que me questionei como é que aquelas garrafas tinham ido ali parar e qual a melhor forma de minimizar o impacto na reputação do país sem ser visto a entrar para o elevador com 5 garrafas de bagaço debaixo do braço. A coisa mais parecida com uma resposta ao meu inquérito foi "alguém trouxe isso aí para uma festa e deixou por cá, disseram que era bom" (ainda me interrogo quem terá sido) mas felizmente a maioria das pessoas pareceu esperta o suficiente para não tocar na coisa. A excepção foi o ucraniano de serviço, que misturou bagaço com mistura de Margarita (será que temos aí um novo cocktail, o Alentejo Livre?) para formar uma mistura que a 3 metros de distância e dentro de um copo me cheirava a mim mal.

Exportações são sempre boas para a economia nacional mas quando é que chegamos a um ponto em que dizemos que há certas coisas que são melhores ficarem em casa, certos esqueletos que é melhor ficarem no armário? Já não chega o Joaquim de Almeida?

Óptimas notícias para os amigos do ambiente

A Emirates Airlines vai lançar o primeiro voo de longo curso "verde", com uma rota destinada para reduzir o consumo de combustível 7,570 litros num vôo de 16 horas entre São Francisco e o Dubai.

http://www.flightglobal.com/articles/2008/12/09/319941/emirates-readies-for-fuel-savings-on-777-san-francisco.html

Agora quando voarem até ao Dubai para ficar na vossa casa construída numa ilha artificial por cima de uma barreira de coral, para poderem esquiar no meio do deserto a seguir a uma bela partida de golfe podem fazê-lo na confiança de que estão a ter o mínimo impacto no ambiente possível.