Tuesday, November 6, 2007

E ainda fala o pessoal da violência no entretenimento de hoje em dia

Fui ver na sexta-feira uma peça de Shakespeare chamada Titus Andronicus, encenada por um grupo de teatro formado por estudantes do MIT chamado Shakespeare Ensemble (bem que me podiam ter avisado que ele morre nos primeiros 5 minutos de uma peça de três horas...).
A história desta peça, combinada com a tragédia grega que fui ver há uns anos atrás cujo nome não me recordo agora (lembras-te, Branco?) e a ópera de Vivaldi que fui ver em Abril, Motezuma, leva-me a concluir que as pessoas que se queixam da violência excessiva na televisão e nos video-jogos hoje em dia reclama desnecessariamente. Não só é o nível de mortandade entre o elenco principal comparável a qualquer “The Departed” ou “Reservoir Dogs” como parece que não há nenhuma peça que chegue ao fim sem uma mãe/pai acidentalmente matar/comer para o jantar o filho.

Comparado com isto o “Carmageadon” parece um jogo para meninos.

5 comments:

Tárique said...

Lembro-me,e ainda tenho o poster. Era Tiestes, a história do Rei de Micenas que comeu os filhos em pedaços, servidos pelo próprio irmão, Atreu. Depois procedeu a violar a sua própria filha, Pelópia, porque um óráculo lhe tinha dito que o seu Neto/Filho resultante de tal acto, iria vingá-lo, matando o seu irmão. Entretanto Atreu casa com Pelópia e adopta o filho/neto de Tiestes, chamado Egisto, que acaba por matá-lo como profetizado. Pelópia suicida-se.

Ao lado disto, o Tarantino conta histórias para crianças. :)

Sabes alguma coisa disto ? :D (Sabendo de antemão do teu amor incondicional pelo Guggenheim de Bilbao, adivinho que terias coisas interessantes a escrever sobre o amigo Frank)

Pyrex said...

Não sabia dessa história, mas claro que conheço o prédio (não fui lá muitas vezes, mas das vezes que fui obviamente que me perdi - como qualquer coisa do Gehry é confusa por dentro). Tem em exibição nas paredes algumas das melhores hacks feitas no MIT (de certa forma institucionalizando uma forma de rebeldia contra o poder instituido).

A coisa engraçada é que o anfiteatro ao ar livre que eles tanto falam que deu os problemas todos não passa de um semi-circulo de tijolo com uma forma muito disfuncional que não deve dar jeito nenhum se quiseres fazer um evento lá (tmabém nunca vi ninguém usar aquilo).

O prédio em si é engraçado, e faz muito bem o seu trabalho de realçar uma parte do MIT que sem aquilo seria um bocado insonsa, mas não sei se gostaria de ter que trabalhar lá. O Gehry não é o único arquitecto famoso com prédios por aqui - I.M. Pei, Rem Koolhaas (?), etc. têm coisas por aqui. Acho é estranho que uma faculdade como o MIT tenha tido necessidade de recorrer a duas firmas externas para perceber que o desenho tinha problemas.

Pyrex said...

P.S. - lembrei-me agora que, curiosamente, o nome do meu colega que faz parte da companhia de teatro é Taariq...

Tárique said...

Rem Koolhaas, outro é génio. No Kunsthaal de Roterdão fez um anfiteatro com 10 linhas de cadeiras alinhadas em 100 filas. Resultado: a partir da fila #20 não se vê a apresentação/palco. :) :)

Tárique é também o nome deste golo :)

Tárique said...

kunsthall

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